Em meio ao universo cinematográfico brasileiro, surge “Bergamota”, um curta-metragem de terror que está deixando sua marca em diversos festivais pelo mundo. Dirigido por Hsu Chien, conhecido por suas incursões na comédia, este filme marca sua audaciosa entrada no gênero de terror. Em uma estreia impactante no Festival do Rio 2023, “Bergamota” conquistou o público em uma sessão lotada e gratuita.
A trama se desenrola em torno de Ruivinho (Gabriel Canella), um personagem que, ao receber uma mensagem de sua esposa, vê sua noite tomar um rumo inesperado após um encontro marcado por um aplicativo. Filmado em preto e branco, com iluminação estratégica e enquadramento fechado, o diretor de fotografia Silvia Gangemi cria uma atmosfera claustrofóbica e angustiante, acentuando a tensão dos eventos.
Baseado em uma história real, “Bergamota” transcende as barreiras da ficção para dar voz aos que enfrentam situações semelhantes na vida real. Hsu Chien tece reviravoltas inesperadas, mantendo a plateia intrigada e ansiosa. Filmado em apenas uma diária e meia, dentro da casa do próprio diretor, o curta reforça a potência do cinema brasileiro independente.
A estreia, marcada por prêmios como Melhor Filme e Melhor Direção, não apenas destaca a habilidade de Hsu Chien na direção de terror, diretora de fotografia Silvia Gangemi, o produtor e ator Márcio Rosário, que também faz parte do elenco, e os atores Gabriel Canella e Victor Pintomas também aponta para a promissora expansão desse gênero na indústria cinematográfica brasileira. “Bergamota”, embora seja um curta, deixa a expectativa de futuras desenvolvimentos e, quem sabe, a transição para um longa-metragem.
Além disso, o filme destaca-se por abordar questões sociais urgentes, como a violência contra a comunidade LGBTQIA+. A trama se desenrola com reviravoltas, misturando elementos de suspense, terror e crítica social. “Bergamota” não apenas provoca emoções, mas também desperta reflexões profundas sobre a realidade que muitos enfrentam diariamente.
A jornada de “Bergamota” está apenas começando, mas sua narrativa intensa e a visibilidade conquistada em festivais ao redor do mundo já o solidificam como uma obra essencial para o cinema brasileiro contemporâneo.